Quando a gente vai atrás do primeiro emprego e nos exigem a tal da “experiência”, é um negócio meio injusto. Mas existe uma forma inteligente de lidar com isso, uma das melhores oportunidades que você pode ter para o começo de uma carreira profissional. Não sei se hoje ainda continuam dando a mesma atenção que davam no passado, mas julgo que, se mudou, foi pouco.
Antes de começarmos a colocar a mão na massa, no caso da nossa turma, fomos submetidos a mais de 590 horas de cursos. Uma verdadeira pós-graduação em sistema financeiro e serviços bancários. Aprendi de marketing a direito, de contabilidade a relações humanas. Fora as palestras com os profissionais do banco que me contratou, que representaram uma dose de experiência prática, e dos estágios em cada uma das áreas. Aliás, foi num desses estágios em uma agência do banco que eu conheci de perto um “CDB” (clique aqui para saber o que é CDB).
Na empresa, entretanto, havia um misto de entusiasmo e ciúmes. O entusiasmo vinha daqueles que gostavam da instituição, e que viam naqueles jovens recém formados a possibilidade de uma evolução no processo administrativo e comercial da empresa.
Os ciúmes se deviam, basicamente, pelos mesmos motivos. A diferença é que, em alguns casos, a pessoa se perguntava por que não tinha recebido o mesmo tratamento, isto é, o mesmo treinamento. De fato, seria necessário muito investimento para um treinamento daquele nível para todos os funcionários já atuantes. Outro ponto relevante é que, novamente com referência à época, o número de faculdades era muito menor do que hoje, assim como o percentual da população que tinha nível superior.
De certo modo, o investimento em um programa de trainee é altíssimo e os riscos para a empresa são elevados e seria muito ruim investir nas pessoas erradas (não estou dizendo que o investimento em mim foi bom ;) ). Por isso existe todo um processo de seleção que pode servir para que os funcionários testem a competência (e a sorte) e também como justificativa para possíveis frustrações dos que já estão na empresa e não receberam o treinamento.
Sobre a frustração do trainee, que sai do programa considerando-se um verdadeiro CEO, queria dizer, por experiência própria, que não é bem assim. A começar pelo salário, você deve cair na real e perceber que “o céu não é perto”. No que se refere à experiência, nem se fala. As relações políticas e de negócios são muito mais difíceis de aprender do que qualquer treinamento possa fornecer. Aliás, isso não é ensinado nos cursos, porque a prática é outra.
Como falei no começo, a experiência foi a melhor possível e, graças a ela, estou atuando com assuntos relacionados ao sistema financeiro até hoje.
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